No tantrismo aquilo que insinua, que aparece envolvido em um véu de mistério, é muito mais atraente do que o que é direto e evidente. É mais sensual insinuar o que se deseja que mostra-lo; é mais estimulante pressionar levemente do que apertar com força; roçar que tocar, pois a promessa sexual contém uma forte carga erótica. Trata-se de uma sabedoria milenar de reconhecer e sentir cada pedacinho da pele do amante.
Se antes de se acariciarem os dois esfregam as mãos durante trinta segundos, a temperatura subira. Essa energia se potencializa quando o casal coloca suas palmas frente a frente, pois ocorre uma troca similar a uma corrente elétrica, transmitindo uma vibração especial.
Quando as carícias são oferecidas sem pressa e longamente, como se fossem uma cerimônia sagrada, é possível ter prazer em canta ponto do corpo, e a pessoa acariciada recebe energia erótica plenamente. A chave da sensualidade consiste em um jogo de lentidão quase hipnótica, levado pelo que dita o próprio desejo: as mãos param em um ponto preciso e ficam quietas nos seios, em uma das pernas ou em qualquer parte do corpo, enquanto transmitem um calor intenso por meio da concentração de sua carga sensual.
Beijar e tocar, em trajeto ascendente, os dedos dos pés, a parte interna das coxa, o contorno do umbigo, os seios, o pescoço, o queixo, carrega os dois amantes de energia. Assim acendem-se fagulhas inesperadas de prazer.
Fonte:
GALLOTTI, Alicia. Sexo Tântrico: os segredos mais sensuais d erotismo oriental ao seu alcance – São Paulo: Editora Academia da Inteligência, 2010.
